Este ano, o Instituto Cultural Steve Biko homenageia, a Sacerdotisa do Candomblé, de nação Ketu, Tia Ciata, batizada como Hilária Batista de Almeida. Ela nasceu em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, em 13 de janeiro de 1854. Aos 16 anos participou da fundação da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira.
Sacerdotisa e quituteira, Tia Ciata, viveu em sua casa, na Praça Onze, a qual era frequentada por músicos, sambistas e intelectuais, tornando-se um dos principais pontos de encontro da comunidade negra carioca, um espaço de referência para músicos como Heitor dos Prazeres e Pixinguinha, consolidando-se como um importante centro de efervescência cultural e religiosa. Tia Ciata também foi uma referência na luta contra a discriminação racial e na resistência das tradições afro-brasileiras em um período de forte repressão.
Nosso objetivo é evidenciar a trajetória de uma mulher negra, yalorixá, sambista, que marcou durante os séculos XIX e XX com sua história de protagonismo, através de experiências religiosas, lutas antirracistas e culturais, pois foi pioneira em levar o samba do recôncavo baiano, para Rio de Janeiro que na época era capital federal no alvorecer da Primeira República.
O dia 21 de março, além da nossa Aula Inugural do Pré-vestibular Steve Biko Turma 2025, que levará o mesmo nome de Tia Ciata, também marca o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Esse dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, ocorrido na África do Sul em 1960.
Tia Ciata faleceu em 1924, mas deixou o seu legado para a sociedade, sendo considerada uma das grandes precursoras do samba, da cultura e religiosidade negra.
Mais uma vez, a Biko reafirma o seu compromisso com o combate a todas as formas de preconceito e discriminação, homenageando Tia Ciata que foi uma das grandes responsáveis pela sedimentação do samba carioca, sendo reconhecida como uma verdadeira "primeira-dama" das comunidades negras da Pequena África. Seu impacto na cena artística e na preservação das tradições afro-brasileiras foi extremamente reconhecido.
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